Motivação intrínseca
O termo motivação intrínseca é utilizado para definir concetualmente a propensão dos indivíduos para realizar uma atividade e sentir o prazer que dela deriva, sem pensar em possíveis recompensas externas. Este fator motivacional é extremamente importante, pois é uma força estimulante para a inventividade, e instruções eficazes ajudam a conseguir um envolvimento mais profundo nas tarefas.
A motivação intrínseca refere-se à motivação interior para agir, que pode provir de aspectos como o prazer próprio, o questionamento ou o teste que uma atividade proporciona. Os componentes da motivação intrínseca incluem um sentido de autonomia ou independência, um desejo de domínio e o foco no prazer da própria atividade. Por exemplo, um aluno que opta por ler um livro por pura curiosidade, em vez de o ler para obter notas, é um exemplo perfeito de motivação intrínseca.
A motivação intrínseca nasce do impulso interior de uma pessoa e da sua auto-gratificação, enquanto a motivação extrínseca se baseia em factores externos, como gratificações ou reconhecimentos. Tomemos como exemplo um músico que pode praticar durante horas a fio devido ao seu gosto por tocar, o que é uma demonstração clara de motivação intrínseca; enquanto outro músico pode praticar apenas com o objetivo de ganhar um concurso, sendo assim um exemplo de motivação extrínseca.
A prática de criar um ambiente que facilite a motivação intrínseca é suscetível de resultar em maior satisfação no trabalho, criatividade e desempenho profissional global. As pessoas que têm motivação intrínseca são as mais susceptíveis de mostrar iniciativa e de se empenharem profundamente no seu trabalho. Por exemplo, um engenheiro de software que adore programar pode ser a pessoa que apresenta novas soluções técnicas por si próprio, sem necessitar de recompensas externas, aumentando assim a produtividade geral.
Precisamente da mesma forma, os professores podem oferecer aos alunos a liberdade de escolher entre uma seleção de tarefas a realizar, recomendar-lhes projectos autogeridos e, subsequentemente, criar uma atmosfera de aprendizagem que reconheça a curiosidade e a exploração como valores essenciais para motivar internamente os alunos. Além disso, o professor pode referir-se a exemplos de projectos científicos em que os alunos assumem o controlo total do conteúdo, apresentando temas científicos de que gostam, o que aumentaria o nível de investigação e, consequentemente, a motivação intrínseca dos alunos.